Acelerando a transição verde

A emergência climática e a crise energética estão se combinando para criar uma tempestade perfeita de desafios globais. Iniciativas internacionais urgentes estão, portanto, em andamento, e o metano está no centro de muitos delas. Após o dióxido de carbono, o metano é o gás de efeito estufa (GEE) antropogênico mais abundante, representando cerca de 20% das emissões globais. No entanto, o metano tem mais de 25 vezes o potencial de aquecimento global do dióxido de carbono e é menos persistente na atmosfera, portanto, a redução das emissões de metano oferece uma oportunidade para uma ação rápida contra as mudanças climáticas. Da mesma forma, a substituição do gás natural (um combustível fóssil) por biogás oferece mais oportunidades amigáveis ao clima.

De acordo com a World Biogas Association, a digestão anaeróbica (DA) tem o potencial de reduzir as emissões globais de GEE em 10-13%. Isso é alcançado através da geração de energia renovável na forma de biogás a partir da digestão anaeróbica de resíduos e gás de aterro, combinado com emissões evitadas por meio da gestão de resíduos orgânicos, e pela fabricação de fertilizantes fósseis, que são evitados, assim como a queima de culturas e o desmatamento.

Lançada na COP26 em 2021, a Global Methane Pledge convida os participantes a tomar ações voluntárias para contribuir para um esforço coletivo de reduzir as emissões globais de metano em pelo menos 30% até 2030 em comparação com os níveis de 2020. Com mais de 100 países envolvidos, representando quase 50% das emissões globais de metano antropogênico e mais de dois terços do PIB global, o objetivo da Pledge poderia evitar que mais de 8 gigatoneladas de emissões equivalentes de dióxido de carbono chegassem à atmosfera anualmente até 2030.

Todos os gerentes de processos entendem a importância do monitoramento de processos, mas, dada a importância global e a urgência das crises energética e climática, a necessidade de monitoramento preciso e confiável nos processos de biogás nunca foi tão alta. Para atender a esse requisito, a Vaisala desenvolveu sondas multigas exclusivas e, recentemente, fez uma parceria com a Bohr Limited no Reino Unido para desenvolver uma versão transportável dessa tecnologia, para que um público mais amplo possa experimentar os benefícios do monitoramento contínuo. “Dados precisos, confiáveis e contínuos fornecem insights valiosos para a eficiência do processo,” explica Tony Wimpenny, da Bohr. “Esse monitoramento fundamenta todos os nossos serviços, por isso é importante que utilizemos a melhor tecnologia disponível, razão pela qual estamos trabalhando com a Vaisala para desenvolver soluções de monitoramento baseadas em suas sondas multigas MGP.”

A sonda MGP261 da Vaisala foi projetada para monitorar metano, dióxido de carbono e umidade em instalações fixas em plantas de biogás, mas a Bohr desenvolveu uma versão transportável, o ‘ADvantage’. Essa tecnologia foi lançada na World Biogas Expo 2022 no Reino Unido, gerando alto interesse de visitantes em busca de maneiras de melhorar o controle da produção de biogás, otimizar trocadores de calor, ajustar unidades de cogeração de energia, evitar paradas, reduzir desperdícios e gerenciar insumos de forma eficiente.

Como um dispositivo transportável, essa tecnologia oferece aos clientes a oportunidade de investigar os benefícios do monitoramento contínuo, alugando a unidade por um ou dois meses da Bohr, antes de decidir sobre a instalação de um sistema de monitoramento fixo. Ao mesmo tempo, a equipe técnica da Bohr pode aproveitar o valor dos dados para melhorar o desempenho financeiro e ambiental da produção de biogás.

Os dados de medição são essenciais porque fornecem aos gerentes de planta uma melhor compreensão de seus processos, permitindo que descubram tendências e acompanhem o impacto das mudanças no processo ou nos insumos. Além disso, um produto irmão, a Vaisala MGP262, foi especificamente projetado para monitorar o processo de aprimoramento do biogás para melhorar a qualidade do produto final e reduzir a perda de metano. As sondas multigas da Vaisala também são utilizadas onde as plantas aumentam o rendimento de biogás recirculando o dióxido de carbono para o digestor anaeróbico juntamente com hidrogênio verde produzido com eletricidade excedente da energia eólica, por exemplo.

Existem vários pontos no processo de biogás onde as medições de metano, umidade e dióxido de carbono são valiosas. No entanto, as sondas MGP também estão sendo implantadas, em conjunto com outros sensores de dióxido de carbono da Vaisala, em aplicações como Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono e em processos onde os dados sobre a qualidade do dióxido de carbono recuperado são necessários.

Em resumo, governos ao redor do mundo estão intensificando suas iniciativas de descarbonização, e as tecnologias inovadoras de monitoramento da Vaisala estão ajudando a garantir que a Transição Verde seja sustentada por dados confiáveis.